22.1.23

A sala escura

No mundo pós-pandemia, o streaming chegou pra ficar, é verdade. Mas também é verdade que a experiência da sala de cinema, mais do que nunca, precisa e deve ser valorizada, porque uma forma de assistir filmes não substitui a outra. É evidente que o consumo de home video tem suas facilidades e confortos, isso desde o advento da saudosa videolocadora, que surgiu nos anos 1980 e desapareceu na popularização da Netflix, na segunda década do século XXI.

A vivência artística através da sala escura de projeção cinematográfica reserva um romantismo que jamais será substituído. Desde a compra do ingresso, o observar dos cartazes de filmes da ante-sala, a compra (ou não) do combo pipoca e refrigerante, sentar na poltrona escolhida e aguardar a projeção começar, são alguns dos ritos que fazem parte da experiência de 'assistir cinema’. Pois se tratando daquela que é a última e definitiva arte, a que de maneira ou outra contempla todas elas, nada é raso ou superficial. “No cinema, tudo significa”, foi uma das primeiras noções científicas que tive na faculdade Audiovisual, tendo como exemplo, a tempestade que acomete a mansão do magnata Charles Foster Kane que, em dado momento, reflete a angústia interna vivida pelo protagonista de Cidadão Kane (1941) - considerado por uma leva gigantesca de críticos o melhor filme já feito.






























  São emoções como essas que funcionam definitivamente melhor na sala escura, ao sentar na platéia em formato de arena, aguardar com ansiedade o apagar das luzes, assistir os trailers daqueles próximos lançamentos (alguns dos quais vão nos fazer voltar para esse ritual novamente) e, ao surgir os logos dos estúdios, assinar um contrato mental entre espectador e realizador de que, nas próximas duas horas, tudo o que for apresentado na tela grande será verdade, mesmo a mais fantasiosa ou absurda das ideias.


Nada substitui a vivência da sala da cinema, porque acima de tudo, é uma experiência coletiva. Ainda que não conheçamos as outras 400 ou 500 pessoas que ali estão na “arena” da sétima arte, naqueles instantes somos todos um coletivo, um grupo de pertencimento. Algo que o streaming, no conforto de casa, não proporciona nem poderá proporcionar. Em termos de reação, por exemplo, é catártico quando, em grupo, damos risadas espontâneas e simultâneas assistindo uma comédia, tomamos um susto num filme de terror ou suspense ou, ainda, nos emocionamos juntos com a tristeza ou felicidade de um companheiro protagonista na telona.


A partir de hoje, nas próximas edições de O Florense, te convido para acompanhar comigo a perspectiva do Cinema de quem optou não só por ir além da experiência de espectador e quis fazer da arte sua profissão, mas de quem ressignificou toda a existência em função dela.


_________________________________________________________________


A coluna Cinemeando é publicada quinzenalmente pelo jornal O Florense. Você pode ler a versão impressa clicando aqui.

9.6.13

Allez les bleus

"Allez les bleus, allez les bleus, allez"... 


















Um ano após julho de 2013 o País sediou uma Copa Mundo FIFA™. Era o início dessa crise política, capitalista, social e comportamental. Nesse cenário de urgência, tanto da reforma íntima como da imposição da honestidade social, estava fomentado o drama dos baobás. Este conteúdo foi realizado e veiculado um ano antes da Copa, dias antes da população ir às ruas nos protestos de junho. A ação foi postada pelo Sebrae-RS no Youtube e no Facebook: uma abordagem ficcional para um registro documental dos comerciantes de Porto Alegre recebendo um turista de língua estrangeira.

Este trabalho foi realizado com espontaneidade e a produção aconteceu de forma fluída. O único ator é o Pedro de Oliveira, que havia protagonizado recentemente Viver Experimentar, Sentir e morou na França por anos. Os outros participantes são todos elenco verdade que surgiam ao acaso. As câmeras ficavam disfarçadas o máximo possível. As abordagens eram improvisadas pela equipe na rua (assistência de direção de Laura Gruber, direção de fotografia de Fernando Vanelli, operação de câmera da Lívia Pasqual, captação de som de Jonathan Lima). A honestidade das reações até o desfecho da encenação eram o objetivo. Cerca de 50% do material editado é a gravação do teste de câmera feito com o Pedro de Oliveira.

Os comentários nas redes sociais levantaram se é papel do prestador de serviço brasileiro aprender outra língua ou se o turista que deve estar preparado para se comunicar pela língua do país que visita.


 
Ficha Técnica

Agência: Global
Criação: Tiago Russell e Minwer Daqawiya
Atendimento: Fabrício Mazzola
RTVC: Roberto Simões
Produtora: Supernatural Filmes
Diretor de cena: Juliano Carpeggiani
Diretor de fotografia: Fernando Vanelli
Produtora executiva: Candida Schmitt
Segunda câmera: Lívia Pasqual
Assistente de produção: Jonathan Lima
Assistente de produção: Laura Gruber
Montagem e finalização: Matheus Saccomori
Ator: Pedro de Oliveira
Aprovação: Jorge Seadi Junior, Janaína Duarte e Carolina Lopes da Silva

Clipagem
Portal Sebrae
Coletiva.Net
Portal da Propaganda

22.2.13

Be the one

Todo mundo nasceu para ser popstar.







Para baixar a música em mp3, clica aqui.

Criação e direção de cena: Juliano Carpeggiani
Direção de fotografia: Fernando Vanelli
Produção: Jonathan Lima
Montagem e finalização: Gustavo Sardi (Buda)
Assistente de direção: Ruana Nunes
Produção de arte e figurino: Laura Gruber
Maquiagem: Tairine Nurian
Cabelo: Danilo Correia
Câmera: Marcos Rodrigues (Pacotão)
Assistentes de produção: André Günter e Daniele Rodrigues
Produção de elenco: Fabiane Freitas
Making of: Gustavo Sardi (Buda)
Produtora: Supernatural Filmes
Diretor geral/produtora: Fernando Vanelli
Direção de produção: Candida Schmidtt
Produtora de áudio: Technologica
Arranjos: Eduardo Folmann
Rapper: Jay Garner
Letra e música: Juliano Carpeggiani e Felipe Alves Pagnossin
Engenheiro de som, mixagem e produção: Felipe Alves Pagnossin
Produtor executivo/áudio: Luiz Carlos Dias Pereira
Cliente: Lynd
Aprovação/cliente: Ronaldo Lacerda e Rodrigo Lacerda
Agência: Sacramento Consumer Design
Atendimento/agência: Laura Fedrizzi
Diretor de criação/agência: Gustavo Guedes

19.1.13

Doze filmes de 2012

30.12.12

Admirável mofo no VHS



Muito antes da Sofia, houve um tempo em que os comerciais de tv eram pra se mijar de emoção. Haviam histórias sendo contadas em arcos dramáticos de 60 segundos e às vezes nem precisava necessariamente ser um conto e ter um narrador pra isso. A imagem era o texto, o texto era música e a música era a imagem. Era mais colorido, se não ao menos mais vibrante. Mais outstanding. Mas eu não falo de escala ou recursos. Me refiro ao jeito de filmar uma sensação. O filme sendo sentido no peito. Era algum lugar entre 1988 e 1990. Eu não lembro bem, mas esse que me vem à mente, especificamente, tudo indica que era um comercial da Pepsi. Ou era de jeans. Ou eram pessoas usando jeans e camisetas coloridas em um comercial de refrigerante. Tinha um refrão forte, um "oh-oh-oh" cantado em coro. Uma galera ia surgindo de diferentes lugares e iam se juntando dançando, agitando na rua. Tinham externas no final da tarde e noite. Tinha muita atitude. Era sobretudo, um comercial de atitude. As pessoas eram alto-astral, superestima... Parecia que aquele era o estilo de vida ideal que todo mundo queria viver. Nova York. Me parece Nova York. Tinha uma coisa urbana, tipo Bronx; mas também Los Angeles. Muito contra-plongê. Finalizava com o close de uma morena de cabelo crespo e volumoso, sorrindo pra câmera. Congela a imagem e vem a assinatura do lado inferior direito. Pepsi. Talvez era o símbolo da Pepsi ali. Não encontro no Youtube.



Naquela época era uma enxurrada de comerciais assim. Tinha alguma coisa pulsando ali. Uma coisa de wannabe. Eu estudava na quarta, quinta Série e programava o VHS pra gravar os seriados que passavam depois das onze, Anos Rebeldes, Incidente em Antares, Hilda Furacão,... e gravava os comerciais que só veiculavam naquele horário, como os cigarros Free, Hollywood e L&M. Teve um filme bombadão, que na verdade era um clipão que tocava o jingle do Holywood (Go for the Hollywood way), que era todo berrantão, fluorescentes, estética graffiti, em cima da música pegando nos bago da autoestima.

Tira o mofo e senta o play na fita:









É tudo sobre atitude. Atitude é o produto oferecido nesses comerciais. Cigarro é um produto que não comunica mais e quem herdou aquela atitude foram comerciais de refrigerante, como o Diet Coke - que a gente não vê porque não é mais vendida aqui. Trata-se de uma comunicação sensorial e, em alguns casos intelectual, e mesmo assim de propagação popular. Porque são filmes de fato. Cinema em pequenas histórias contadas por ações e identificação de protagonista. Em breves segundos, uma sequência de planos conta uma história; na dimensão espacial de onde acontece a cena e na evidência do personagem. É a carta mais alta do baralho, os cabelos do Sansão, é Ulisses e a Odisséia, o açúcar no molho vermelho, o Moonwalker do Michael Jackson, a mosca na velha, a velha a fiar. Trata-se pura e simplesmente de contar uma história. De fazer um clássico filme de longametragem naquele minúsculo espaço de tempo. Dizendo em segundos ao mesmo tempo quem são aquelas pessoas, o que eles querem e o que elas estão fazendo. Três planos devem contar o que três cenas levariam pra contar. As pessoas gostam de ver histórias sobre gente extraordinária. Seja qual for a roupagem, nós gostamos de ver histórias de pessoas confiantes, corajosas e individualmente motivadas. O herói do filme publicitário é o que toma a iniciativa, o que enfrenta o medo, o que tem coragem e toma a atitude. Por que só histórias de atitude fazem a gente querer se mijar de emoção.

E aqui tem um filme de 60 segundos pra se mijar de emoção:
(em tela cheia e com fones de ouvido, pfvr)




25.11.12

Diagnóstico: a gravação de 'Let it be'


Era Londres em 31 de janeiro de 1969. Mas poderia ser hoje. Porque a verdade deste dia dura até hoje ecoando pelo universo. Ficou gravado em filme e música. Foi de verdade. E é só na verdade que mora uma emoção.

Se isso fosse um western spaghetti, o título seria 'Addio, buon compagno'.


Paul McCartney, absorvido por tristeza quando percebeu que os Beatles logo não mais existiriam, compôs "Let it be". A lamentação da separação impregnada no disco está impressa no filme da gravação, sobretudo na documentação dos olhos marejados do sujeito acomodado atrás da barba de resignação; enquanto os vocais de Harrison e Lennon choram com gentileza, desenhando o contorno farewell da canção. George, ainda que anestesiado por ter sido o primeiro a tentar deixar a banda, canta sem demonstrar se sentia a dor dessa ferida aberta. Lennon, pesaroso pela escolha e já acompanhado do seu futuro, trabalhava de olhos baixos e cabeça curvada. 

3'00" - "Não haverá mais tristeza, deixa ser, deixa ser". Paul e Lennon já não se olhavam mais nos olhos fazia algum tempo. Trocavam breves palavras, por breves momentos. Às vezes um lapso: esqueciam que aquilo era a cirurgia do fim e tudo parecia como era antes. Mas a verdade estava ali, vestida de preto e com a chave da porta na mão.

À maneira deles, pela única linguagem que ainda unia os dois, eles se despediram.

Era a dor da ruptura transmutada em música.



____________________________________________________________________________

“Let It Be” é uma canção dos Beatles composta por Paul McCartney, creditada à dupla Lennon-McCartney, e lançada no Lado A do single Let It Be/You Know My Name (Look Up The Number) de 1970. A canção também é faixa título do último disco, Let It Be e do filme de mesmo nome, lançado também em 1970. (Wikipedia)


12.11.12

Melhor Filme Teen

'Lá Longe' levou o prêmio de Melhor Filme Teen no 10º Festival Internacional de Cinema Infantil (FICI). O filme venceu o 5º Prêmio Brasil de Cinema Infantil, escolhido por um júri formado por estudantes de escolas públicas e privadas de Brasília. 

Clica nas imagens para ampliar a visualização.














Longe de casa, o filme realizado para o Curtas Gaúchos foi apresentado nas telonas da rede Cinemark no Rio de Janeiro, Niterói, São Paulo, Campinas, Santos, Natal, Aracaju, Brasília, Salvador e Belo Horizonte. A premiação aconteceu no dia 10 de novembro em Brasília, com a apresentação de todos os nove curtas concorrentes nas categorias Teen, Animação e Ficção (foram 137 curtas infantis inscritos).

Foto: Fernando Vanelli/Gustavo Buda Sardi























Um mês antes, o 'Lá Longe' também foi eleito um dos quatro preferidos do público na 3ª Mostrinha de Cinema Infantil de Vitória da Conquista, na Bahia.



24.10.12

'Mind fuck' e 'o quê que vocês já sabem que estão apenas esperando que eu diga?'


Dormentes não entenderam. Pensaram que era mais do mesmo, que a 'Avenida Brasil' era só mais um programa de TV como todas as outras novelas deslocadas e antiquadas. Pra comer assunto de meia página, é suficiente saber que esse cara roteirizou 'Central do Brasil', e junto com Walter Salles e Marcos Bernstein redefiniu o cinema brasileiro até levar o filme pro Oscar na gringa. O sujeito fez um estrago na TV porque deu um salto de qualidade narrativa que nenhum outro profissional de novela em exercício tem capacidade pra acompanhar. Fudeu, Globo. Fu-deu. E se o prezado leitor for um desses elementos que chamam Romero Britto de cafona no Facebook e acham que arte e identidade popular não podem ser apreciadas por um víés erudito, sinto muito mas vaza. Mas vaza mesmo. A conversa aqui é entre os gente-fina. Aqueles que já se ligaram na missão ainda quando Jack Shephard abriu os olhos e se deu conta que sofreu um acidente de avião.

Norteados por isso, João Emanuel Carneiro e Amora Mautner (diretora) soltaram a espinagarda e sairam dando tiro de canhão. A 'Avenida Brasil' usou o mesmo artifício dos grandes contadores de histórias contemporâneos, M. Night Shyamalan e J. J. Abrahams pra citar dois. A matemática dos dois é a mesma: contar uma história por duas perspectivas: 1) a evidente, aquela que se consegue perceber porque é a que nos é conduzida e; 2) a escondida, aquela em que são reveladas verdades sobre os fatos/personagens que estavam aí o tempo todo, mas que não eram ditas claramente. Pensa em 'O Sexto Sentido': a história de um menino que vê fantasmas o tempo todo e é paciente de um psicólogo em crise no casamento. Foi esse filme que nós vimos durante mais de uma hora e meia na projeção. Até o momento em que a gente descobre, com um nocaute de esquerda, que não era nada disso. O psicólogo é mais um entre os outros fantasmas que o menino vê. Estava morto o tempo inteiro e se recusava a aceitar isso. Encarar um trauma. E sobre encarar um trauma e descobrir quem a gente realmente é, Shyamalan é um brincalhão. Faz 3D sem precisar de usar óculos tridimensional. Ele foi lá e fez de novo em 'O Corpo Fechado', 'Sinais' e 'A Vila'... Aí quando ele queria dizer mais alguma coisa, quando ele quis dar um passo além, teve um povo que não entendeu, deu uma detonada. E aí o diretor deu uma balançada, perdeu a paudurecência, se fez de loco e foi testar outras fórmulas mais comerciais de tirar as pessoas da caverna.

Mas a lógica desses storytellings, é que algo está sendo dito o tempo todo, mas distraído com aquela que (aparentemente) é a unica narrativa, o espectador leva um baque no momento em que lhe é revelado o verdadeiro sentido (ou plot ou verdade) do que estava vendo. É o mind fuck ou o orgasmo intelectual. Geralmente, funciona se conduzido por perguntas, que às vezes nem ficam claras exatamente, mas que sugerem que há algo a ser desvendado. Foi assim que 'Lost' foi contado durante seis anos. Do princípio em que uma aparente realidade leva a uma verdade que leva a outra realidade e que nunca mais cessa. 'Lost' utilizou a fórmula do Shyamalan multiplicada em etapas e temporadas, deixando claro desde o início que algo estava acontecendo e não se sabia bem o quê. A experiência dos roteiristas deu tão certo, que justamente por estarem fazendo pela primeira vez, não sabiam como conter os danos colaterais de tanta expectativa. Tanto que a quinta e a sexta temporada ficaram quase indecifráveis em alguns momentos, que só a maturação do tempo vai conseguir explicar. 'Lost' foi uma punheta tão grande que até agora a gente tá sentido bater nas costas o resultado.

O espectador virou junker porque sabia que algo que aparentemente não está sendo dito estava acontecendo. Ele era orientado o tempo todo a crer nisso e ficar se perguntando. E eu estou falando sobre 'Avenida Brasil'. Cre-se numa realidade até ser obrigado a encarar uma outra verdade e entrar em outra realidade e assim progressivamente. A verdade na redenção de pessoas que se odiavam. O trauma que vêm à tona. Perdão, superação, resgate kármico... Como a mulher que quer tudo tanto que acaba tendo o resto de tudo.


É uma pergunta. A pergunta é o artifício que move um envolvente storytelling. Mas saibamos bem que nem todo bom storytelling precisa usar de artifícios envolventes pra ser bom. Voltamos a 'O Sexto Sentido'. "O que está acontecendo?" nunca te é evidentemente perguntado e você assiste comprando só a narrativa do psicólogo e o menino. O truque é mais baixo e funciona melhor em longa-metragem do que seriado. Na série, a pergunta é "O que vai acontecer?", que também serve para o João Emanuel Carneiro. Mas por se tratar de uma estrutura única de narrativa continuada e duração de alguns meses, a pergunta narrativa do autor é "o quê que vocês já sabem que estão apenas esperando que eu diga?". Nesse caso, o 'mind fuck' é o óbvio, mas tratado como inesperado. Na cena em que as pessoas estão catando lixo no aterro e quando uma delas se vira e vemos que é a Carminha, deu pra sentir o cheiro do lixo saindo da TV e se espalhando pela sala de casa.

Agora, se Shyamalan é um brincalhão, Carneiro tem na história das pessoas traumatizadas do lixão o seu playground. O grande 'mind fuck' dessa história sobre a dualidade do Bem e do Mal e sobre a atração do Lado Negro da Força só veio no último capítulo, num diálogo específico entre Nina e Carminha na pia da cozinha:


CARMINHA
Destino caprichoso esse nosso hein, traste?
Sempre juntas.

NINA
Parece que é isso mesmo.
Sempre juntas.


O 'mind fuck' é que o tempo todo essa era uma história sobre reencarnação.

8.8.12

Cinemeando oficina no Mario Quintana